Os Homens que Não Amavam as Mulheres


Por ler comentários sempre positivos sobre o livro de Stieg Larsson, me rendi. Logo no inicio pensei que todos estavam enganados, as primeiras páginas são maçante, mas a partir da mudança de Mikael Blomkvist para a cidade onde encontra seu novo trabalho o livro engata numa alucinante narração. É tão bom quando o livro te surpreende do nada.

O que te impede de abandonar logo nas primeiras páginas é todo o estranho encanto encontrado nas linhas destinadas a Lisbeth Salander. Os personagens são as maiores riquezas do livro, uma garota hacker, punk e esquelética (Lisbeth Salander) e um jornalista, quarentão pegador (Mikael Blowistk), é tão incomum ver dois personagens tão diferentes juntos que é prazeroso admirar essa relação. O mais previsível seria vê-los na ativa logo no início do livro em um encontro do destino, mas isso acontece bem após o meio do livro e não inteiramente por obra do destino. Os dois agindo sozinhos é tão bom quanto eles atuando em uma dupla de investigadores.

Arrisco a dizer que o maior motivo de prender o leitor até o final desse grande livro (grande em todos os seus significados) é todo o mistério, glamour e tensão envolto a família Vanger, que lhe causa a sensação de um clã de séculos passados cheio de rachaduras existente em pleno século XXI.

O maior problema de Thrillers é a tentativa de não decepcionar no final do mistério ou na descoberta do “assassino”. Alguns podem dizer que sabiam desde o início quem era o suposto assassino, mas toda a construção dos suspeitos consegue confundir qualquer um, até mesmo aqueles que diziam saber o culpado. Até os motivos são mascarados e confusos. As novelas de Silvio de Abreu não conseguiriam criar melhor tensão. E o livro que depois de tecer milhares de elogio merece mais um por não decepcionar nenhum pouco ao apresentar os motivos e o culpado.

Com os mocinhos, nem tão mocinhos, e vilões depravados “Os Homens que Não Amavam as Mulheres” concede ao leitor uma agradável leitura levando você a tentar descobrir o culpado inconscientemente. Resta saber se os outros dois livros da trilogia são tão envolventes quanto o primeiro. Os outros dois são: “A menina que brincava com fogo” e “A Rainha do castelo de ar”.

Ps.: Existem um filme sueco adaptado do livro e Hollywood já está em processo de produção do filme.

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1 Response to Os Homens que Não Amavam as Mulheres

  1. Putz, amei a resenha, Dey.
    Seria interessante emprestar este livrinho prazamigas.

    u.u

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